quinta-feira, dezembro 29, 2005

É impressão minha...

Ou está tudo muito chato esses dias?

terça-feira, dezembro 27, 2005

Gente Estranha

Tem uma família de evangélicos que mora aqui do lado. Pessoas boas, mas um pouco barulhentos.

Pra vocês terem idéia, a mulher gosta de acordar a família com música gospel. Já perdi a conta das vezes em que começaram a ouvir aquela música - e cantar junto! - às sete da manhã. Não bastasse isso, ainda tem um grupo de oração que se reune lá algumas noites. Ai ai...

Agora, fiquei besta mesmo, foi no dia em que deram uma festa. Vocês devem estar pensando que tocaram "Carnaval de Jesus" até eu ficar louco. Pior que não. Olha o naipe do forrozinho brega:

"Tira a calcinha... tira a calcinha... tira a calcinha que ela é minha."

Fiquei imaginando a Dona Crente soltando o cabelo e levantando o saião.

Chama o pastor!

sábado, dezembro 24, 2005

Feliz Natal!

(ou Boas Festas!, se você é um daqueles frescos que não comemoram o Natal)

sexta-feira, dezembro 23, 2005

So This Is Christmas

Saí para comprar os presentes de Natal. E, adivinhem... Voltei com uma TV, um DVD, uma bicicleta ergométrica e uma chuteira. Todos para mim.

Ah, mas não esqueci os presentes não. Podem ficar tranqüilos.

Falando assim até parece que sou consumista, o que não é verdade. Aliás, detesto fazer compras. Tenho uma preguiça colossal de entrar em lojas, procurar coisas, escolher, etc. Mas nessa época a gente acaba se empolgando. Até demais, eu diria.

Pra que afinal eu comprei uma chuteira?! Não jogo futebol há anos!

quinta-feira, dezembro 22, 2005

Nivela Por Baixo, Que Agora Vai!

Vocês lembram quando transformaram os 1º e 2º graus em ensino fundamental e médio? Pois é, tudo que o Brasil precisava pra resolver seus problemas com educação era isso. Mudar os nomes das coisas sem motivo nenhum.

Agora fiquei sabendo de uma pior: acabaram com a pré-alfabetização. A partir do ano que vem, as crianças entrarão direto na 1ª série, quando serão alfabetizadas. Em compensação, criaram uma 9ª série do ensino fundamental.

Parece mais uma mudança bobinha de nomes, mas dessa vez não é. O problema é que a idade mínima para ingressar na primeira série é de seis anos. Ou seja, numa canetada, proibiram que crianças com menos de seis anos sejam alfabetizadas.

Tenho mãe pedagoga, amigos professores e namorada dona de colégio, ou seja, vivo num mundo onde se discute educação. Aos cinco anos, uma criança que não tenha outros problemas, está plenamente apta a ser alfabetizada. Mais que isso, aprender é um prazer para elas. Seus cérebros estão explodindo de criatividade e implorando por mais e mais informações. Basta que lhes dêem oportunidade.

Eu mesmo, aos quatro anos, já sabia ler e escrever. Filho de pedagoga, comecei a aprender em casa, quase brincando. Ninguém me forçou a nada, para mim era tudo muito natural. Depois a burocracia educacional também veio me atrapalhar... Mas, com cinco anos, eu pude ir para o pré sem problemas.

Quanto às outras crianças, posso afirmar que meus amiguinhos foram todos alfabetizados com no máximo cinco anos. Assim, não vejo motivos para, de uma hora pra outra, inventarem que criança tem que ter seis anos pra aprender a ler.

Agora, o que mais espanta, é a justificativa para atrasar o aprendizado de nossas crianças em um ano. Disseram que os alunos estão saindo cedo demais das escolas. - Leia-se: os alunos das escolas particulares estão saindo cedo demais. - Sim, porque o ingresso nas escolas públicas se dá, em média, mais tarde mesmo. Mas por problemas sócio-econômicos, é claro.

Se o garoto tem condições e capacidade para terminar o colégio mais cedo, isso não é ótimo?

Me formei com dezessete anos recém-completos. Por que eu deveria terminar com dezoito? E digo mais, meus amigos e eu passamos nos vestibulares, fizemos nossas faculdades e estamos todos aí, felizes e contentes. Tivemos a oportunidade e provamos que podíamos. Por que não?

O pior é que esse tipo de iniciativa tende a nivelar por baixo. Ao invés de melhorar a escola pública, atrair os alunos mais cedo, etc. Tiveram a brilhante idéia de institucionalizar o problema, prejudicando, inclusive, os alunos das escolas particulares. (Garanto que arrumaram uma bela justificativa pseudo-pedagógica, em quinhentas folhas, pra justificar essa bobagem no projeto).

Mas, no fundo, isso só obriga as pessoas a darem um jeitinho. Na escola da minha namorada, por exemplo, a partir do ano que vem as crianças terão um "Jardim III", que nada mais é do que uma pré-alfabetização para crianças com cinco anos. Claro, ou vocês acham que os pais aceitariam tudo isso passivamente? Foram eles que reivindicaram que se desse um jeito. Aliás, escolas que não tomaram iniciativas semelhantes já estão perdendo alunos.

Quanto aos alunos das escolas públicas, tadinhos, além de serem obrigados a começar mais tarde, acabarão, efetivamente, tendo um ano a menos de estudo. Sim, porque de um jeito ou de outro, todas as escolas terão a tal 9ª série do ensino fundamental. Se nas escolas públicas a 9ª série será igual a atual 8ª série, garanto que as escolas particulares arrumarão formas mais inteligentes de ocupar seus alunos por mais um ano. E podem apostar que a 9ª série se transformará numa antecipação do ensino médio.

Os alunos das particulares vão ganhar mais um ano para estudar pro vestibular. Já os alunos das públicas, que não tiveram nem a chance de começar a aprender mais cedo, vão estudar um ano a menos. E, adivinhem... Continuarão alimentando o sistema de cotas nas universidades - orgasmo máximo do pessoal do "nivela por baixo".

segunda-feira, dezembro 19, 2005

Que deus tenha piedade da Bolívia!

Nessas horas, só rezando.

sábado, dezembro 17, 2005

Potter e Nárnia

Detestei "As Crônicas de Nárnia". Fraquíssima, pra não dizer patética, a mistura de alegorias mitológicas com uma mensagem cristã. Aliás, toda ficção que se propõe - seriamente - a passar algum tipo de mensagem ou lição de moral, tem boas chances de cair no ridículo.

Pior que nem a beleza plástica das personagens, como a bruxa em sua biga puxada por ursos polares, salva o filme. Não sei se o livro de C. S. Lewis é melhor que isso, mas não deu a mínima vontade de descobrir.

Já Potter é bom mesmo. A série melhora a cada filme, sem dúvida.

Bom, agora é a vez de King Kong, que tem sido muito louvado. Torço para que seja mesmo tudo o que dizem. O gorilão merece.

sexta-feira, dezembro 16, 2005

Adieu, Mon Ami!

A gente não percebe quando cresce (se é que algum dia crescemos). Mas, quarta-feira, me despedi de um verdadeiro ícone da minha infância: o avião de caça Mirage III.

Em operação desde a década de 70, o Mirage III, de fabricação francesa, acaba de ser aposentado com honras militares, sendo substituído pelos Mirages 2000, bem mais modernos.

Pra quem foi criança em Anápolis, sede do 1º GDA (Primeiro Grupo de Defesa Aérea do Brasil), responsável pela defesa de Brasília, Centro-Oeste e Amazônia, os Mirages III representaram um sonho. Não há criança que não tenha desejado voar num deles ou que não tenha ficado de longe admirando os pilotos, nossos super-heróis.

Claro, sempre haviam os sortudos que eram filhos dos super-heróis. Esses, na escala social do colégio primário, ficavam no topo da pirâmide, bem ao lado dos bons-de-bola. Com a diferença de que, os filhos de pilotos, sempre tinham histórias mais interessantes pra contar, mesmo que mentirosas. - Perdi as contas de quantas vezes a Argentina tentou nos invadir, ou que tivemos que botar os OVNIs safados pra correr! -

Não sou filho de militar, mas tive o prazer de conhecer tudo de perto. Fui aos hangares da base aérea, ví o cockpit dos Mirages, conversei com todo mundo e até fiquei ao lado da pista vendo as decolagens. Coisa que esfreguei na cara de todos os meus amiguinhos, é claro.

Outra lembrança que fica, é a do barulho que faziam ao ultrapassar a barreira do som. Um verdadeiro tiro de canhão!, que balançava vidraças e dava pra escutar da cidade toda. Mas a gente não se assustava com isso não, estávamos acostumados. Até sentíamos falta no dia que não davam nem um "tirinho". Também inesquecíveis, foram os vôos rasantes e manobras em dias de festa.

Agora, o último Mirage III vai descansar em praça pública. Foi colocado num pedestal, no meio de um espelho d'água - um monumento lindo. Lá ele permanecerá, em posição de vôo, eternamente voltado para o céu.

Esse combatente não lutou nenhuma guerra, mas, se mereceu tantas honras, eu sei o real porquê. Foi uma linda homenagem, de toda uma geração, à criança que um dia fomos.

P.S. Fico devendo fotos do monumento. Mas, cliquem nas figurinhas e vejam como ele é lindo.

quarta-feira, dezembro 14, 2005

Triste Fim de Qualquer Polêmica

"O jornal de hoje é o mesmo que embrulha o peixe na feira de amanhã."

E boa quarta-feira pra todos!

(não consegui lembrar de quem é a frase, alguém sabe?)

terça-feira, dezembro 13, 2005

Férias da Criançada

Hoje vou ao cinema com minha namorada e os dois priminhos dela. Vamos assistir Harry Potter. Eu já devia ter visto esse filme um tempão atrás, mas nunca dava certo.

Agora, o bom mesmo são as crianças, menino e menina. Adoro os guris. Como os pais deles "não tem tempo pra essas coisas", já faz uns quatro anos que nós levamos eles pra passear. Prometi a mim mesmo que, quando eu for pai, sempre terei tempo. Sempre.

Ah, essa semana ainda tem Crônicas de Nárnia. Mal posso esperar.

segunda-feira, dezembro 12, 2005

Ainda os Nacional Socialistas

Tenho um amigo que trabalha com representação comercial, atuando em várias cidades. Ele tem contas de fábricas de malas, sapatos, produtos têxteis, etc.

Pois bem, quando ele vai vender algo numa cidade pequena ou média, existem poucas opções de clientes. São poucas as lojas em condições de fazer grandes pedidos. Mas ele poderia vender para várias lojas e lucrar um bocado, não é? Errado. Invariavelmente a maior loja escolhe seus fornecedores e, gentilmente, propõe uma "parceria" na qual eles não podem vender nada para a concorrência. Nem mesmo outros produtos que a loja grande não quis fazer pedidos.

Meu amigo poderia, por exemplo, vender 500 malas numa cidade. Mas, diante dessa "proposta comercial", suas opções são: vender 300 malas para a loja grande ou 200 para as lojas pequenas.

Ninguém apontou uma arma pra ele, não há lei que o proiba de vender pros outros, nem existe um contrato formal que o obrigue a nada (aliás, esse tipo de prática comercial é criminosa). Só que a loja grande tem o poder de fato para, gentilmente, impor qualquer condição. Desde exclusividade, passando por prazos de pagamento, até exigir que parte da mercadoria seja vendida "por fora", sem emissão de notas. Ele poderia se recusar a fazer negócio com uma loja dessas, mas o problema é que em qualquer cidade a história se repete.

Diante de uma situação dessas, a liberdade comercial foi suprimida pelo poder de fato. E esse poder nem precisou ser demonstrado ou exercido. Não há discução, meu amigo sabe que está se ferrando, mas aceita tudo com um sorriso no rosto enquanto toma um cafezinho.

Nas aparências, o negócio transcorre como se fosse algo normal. Mas não é. Existe uma chantagem, que foge totalmente à essência do negócio, e deturpa o que seria uma relação comercial num mercado livre. Dessa forma, princípios básicos da liberdade econômica, como concorrência e liberdade contratual, vão pras cucuias num piscar de olhos.

Pois é, crianças... Era mais ou menos assim, só que numa escala de poder incrivelmente maior e mais complexa, que se dava a "liberdade econômica" nos estados nazi-fascistas.

***

Esse tal de Hitler era um canalha bem do esperto mesmo. Os alemães sempre tiveram apreço pela propriedade privada, livre comércio, enfim, essas coisas que dão alergia em comunista. Além disso, o nível sócio-cultural e econômico da população alemã era bem superior ao das "massas" que deram apoio à revolução russa. Sendo que, a própria economia alemã, era muito mais complexa e estruturada do que a russa. Até os socialistas alemães eram mais espertos que os russos!

Diante desse cenário, vocês acham mesmo que os nazis iam chegar batendo de frente com todo mundo? A história já provou que não.

Os nazis sabiam que nenhum poder se mantém por longo prazo sem apoio popular, tanto que sempre priorizaram a propaganda e a mobilização voluntária das massas. Não podemos esquecer, ainda, que a própria chegada dos nacional-socialistas ao governo, não se deu por uma revolução propriamente dita. Não houve uma enorme guerra civil. As estruturas do estado não foram derrubadas, mas sim cooptadas e utilizadas pelos nazis que, com o poder de fato nas mãos, foram gradativamente impondo suas vontandes.

Desse jeito, eles podiam até se dar ao luxo de permitir certa dose de iniciativa privada, afinal existia uma forte estrutura estatal e apoio popular por trás, agindo de forma naturalmente impositiva. Com tanto poder de fato, ninguém precisa apontar arma pra cabeça de ninguém (e olha que eles apontavam), todo mundo faz o possível pra colaborar e até se sente um patriota. Bem, exceto os judeus e minorias dissidentes. Ah, mas esses eles puniam "exemplarmente". Foi assim que os nazis conseguiram se impor sobre um país inteiro, coisa que hoje em dia as pessoas têm dificuldade para entender.

Outro ponto interessante é que os nazis tinham uma visão bem peculiar sobre evolução. Eles acreditavam no melhoramento da "raça", e estavam sempre dispostos a promover competições para provar sua superioridade, ver quem eram os melhores, essas coisas. Nessa linha de raciocínio, achavam útil que houvesse alguma competição econômica como incentivo à criatividade e eficiência. É aqui que entra a propriedade privada, fator que já listei em post anterior como sendo um diferencial em relação aos comunistas. Mas, notem bem, a existência de propriedade privada, não significa que os nazis deixavam a coisa correr frouxa.

Pra início de conversa, cabe lembrar que uma revolta popular era a última coisa que eles queriam. Assim, nada mais lógico do que não perturbar demais o coitado do padeiro Fritz e o alfaiate Helmut. Dá até pra imaginar uma reunião ministerial:

"Meu Füher, a gente não ganha nada se metendo na vida dos pequenos empresários e comerciantes. Vamos colocar os caras pra abanar bandeirinha em desfile, mandar os filhos pro colégio militar, essas coisas que o povo gosta. Deixa eles trabalharem por conta própria, que assim a gente enche os cofres com impostos e ajuda a bancar o estado."

Pois é, não compensava mesmo mexer com peixe pequeno. No máximo cobravam uns impostos, soltavam um tabelamento de preços, impunham algumas regras de regulamentação, sufocavam a liberdade de negociação entre patrões e empregados, etc. Nada que nós, brasileiros, que sempre tivemos um estado enxuto e liberal, que nunca interferiu na liberdade econômica, também já não tenhamos visto.

Mas os nazistas gostavam mesmo era dos grandes empresários. Estes, tal qual meu amigo que trabalha com representação comercial, eram colocados na seguinte situação:

"Olha, a gente acha super legal esse negócio de propriedade privada. Estado não dá conta mesmo de ficar regulando tudo, melhor vocês cuidarem do negócio. Só tem uma coisa, não é assim nenhuma imposição, mas você sabe, alguém como você tem que fazer boa figura no partido. Além do mais, 60% dos investimentos em produção nacional vão para atender demandas do estado. Com toda essa "liberdade de mercado" vocês tem que se esforçar pra conquistar o cliente. Já pensou se a gente resolve comprar só da concorrência?"

Considerando que as exportações também eram controladas pelo estado, acho que nosso amigo empresário tinha toda a liberdade de entrar no esquemão ou falir. Pra piorar, se não aceitasse, o sujeito ainda caía em desgraça na sociedade: "Ah, esse traidor... Mas que falta de patriotismo! Nunca mais esse safado toma empréstimos comigo" - dizia o patriótico, e esperto, banqueiro.

Mas os nazistas eram até razoáveis, se o sujeito fosse bonzinho, podia ficar rico vendendo pro estado. Só não tinha opção de vender pra quem quisesse e do jeito que quisesse, senão alguma coisa acabava dando errado... Ah, e tinha o controle das matérias primas também! Se o estado invocasse que sua fábrica não estava precisando daquilo tudo, perigava eles diminuirem as cotas que você podia adquirir.

Dá pra falar um bocado sobre isso. Mas acho que já deu pra ilustrar como funcionava a liberdade econômica nos estados nazi-fascistas. Mesmo não tendo sido abolida a propriedade privada, seu pleno exercício só seria possível se tivessem sido garantidas, não apenas a posse, mas a livre disposição dos bens e o gozo pleno dos seus frutos. Coisa que não ocorreu.

A grande estrutura de poder estatal criada pelos nazi-fascistas, além de sugar uma parcela enorme dos investimentos, mantinha o mercado subordinado às suas demandas. Tudo, segundo eles, para o bem do povo alemão. Aliás, havia essa postura oficial de que o estado não precisava ser proprietário dos meios de produção, mas, apenas, "levá-los a atender os interesses da coletividade".

Esses fatores são tão nítidos e influentes na supressão, mitigação ou desvirtuamento das liberdades econômicas, que fica impossível não apontar sua natureza autoritária e socialista.

Dicas: Quem quiser se divertir um pouco, assista "A Lista de Shindler", filme baseado em fatos reais. Vocês verão um empresário alemão em "pleno exercício das suas liberdades econômicas". Também recomendo este post do Alex Castro sobre poder de fato.

P.S. Acho que deu pra notar que me diverti um bocado nesse post. Mas, fiquem tranqüilos, não vou ficar enchendo o saco de vocês com esse assunto indefinidamente. Farei só mais um post sobre isso (aliás, talvez nem faça) e depois mudo de assunto, ok?

domingo, dezembro 11, 2005

Café Em Família

"As pessoas se preocupam mais com os outros do que consigo mesmas, por isso o mundo é um lugar ruim." - Vovó, oitenta e um anos, resmungando logo pela manhã.

Ah, família... São momentos como esse que fazem a vida valer a pena.

sábado, dezembro 10, 2005

Esclarecimentos

Como eu disse ontem, o texto entitulado "Direita ou Esquerda?", era um rascunho de post. Haviam correções que eu desejava fazer. Mas, devido a falta de tempo, só pude fazê-las agora.

Avaliando hoje, ví que foi um grande erro publicar um rascunho. O texto estava tomado de humores surgidos durante sua confecção. Mesmo sendo um texto de opinião, ou seja, totalmente parcial, é preciso cabeça fria para se expressar corretamente. Além disso, do meio pro fim, a qualidade foi ficando sofrível graças ao cansaço.

Não é o texto ideal. A questão é tão complexa que não dá para esgotá-la tão facilmente. Também não quis mudar muita coisa, apenas o necessário, senão viraria outro texto.

Sou suspeito pra falar, mas recomendo que leiam ou releiam com calma. Acho que vale a pena.

sexta-feira, dezembro 09, 2005

Direita ou Esquerda?

Ontem, no blog do Smart, tivemos um daqueles intermináveis quebra-paus sobre direita e esquerda. Fazia tempo que eu não me divertia tanto com uma briga em caixa de comentários, mas ontem eu ri um bocado. Alex Castro disse que os antigos professores de OSPB e Moral e Cívica eram de esquerda, então retrucaram dizendo que, como essas matérias foram criadas pra defender idéias caras ao regime militar, os professores seriam de direita. Foi quando eu disse que a ditadura tinha sido, na verdade, um regime de esquerda. Aí as pedras começaram a voar.

Dando Nome Aos Bois

Nada pior do que discução entre surdos, todos gritam e ninguém entende nada. Muitas vezes estão até dizendo a mesma coisa e não se dão conta. O mesmo acontece quando as pessoas dão significados diferentes aos mesmos termos. Coisa muito comum em discuções inter-disciplinares. Você fica repetindo manga, se referindo à fruta, e o sujeito fica olhando pra manga da camisa sem entender nada.

Assim, convido vocês a definirem o que consideram ser direita e esquerda. Listem suas semelhanças, diferenças e os porquês. Principalmente, busquem a essência, o ponto principal que faria com que estivessem em lados opostos. Depois, saiam por aí enquadrando o mundo e as pessoas nas definições que criaram.

Nesse pequeno exercício, independente das definições que vocês mesmos deram aos termos, descobrirão que nem tudo que achavam ser de esquerda ou direita realmente é. Verão, ainda, que muitas ideologias e pessoas têm, ao mesmo tempo, posições de direita ou esquerda dependendo da situação ou tema abordado.

Minha Visão de Mundo

Para mim, o grande conflito humano sempre se dá entre interesses individuais e coletivos. Evolutivamente falando, seria o instinto de sobrevivência x instinto de preservação da espécie. Trazendo isso para a vida em sociedade, nada mais é do que meu bem estar x bem comum.

A vida em sociedade só é possível com a supressão de algumas liberdades individuais em prol de manter a coletividade. Entretanto, nós só nos submetemos a isso, porque temos em mente que a civilização pode nos oferecer outras vantagens em substituição às perdidas. Grosso modo, essas vantagens seriam segurança e conforto.

Assim, a história da humanidade é feita de gente buscando seus interesses particulares, mas, ao mesmo tempo, tentando não foder com a sociedade. O que muda são apenas os conceitos de bem estar individual e coletivo defendidos por cada pessoa ou sociedade. Agora, só doido varrido sobrepõe totalmente os interesses coletivos aos seus próprios interesses. E, da mesma forma, só maluco ou canalha, diz um completo dane-se pra sociedade.

Assim, como temos de um lado interesses coletivos e, de outro, interesses individuais, é preciso criar uma convenção. Temos que escolher uma palavra pra definir quando estamos mais voltados para um deles. Tanto direita quanto esquerda, costumam concordar que a primeira privilegia o individualismo e a segunda o coletivismo. Vamos então adotar essas convenções, que são unânimes, e ver o que acontece.

A Direita

A direita privilegia o indivíduo, seus valores fundamentais são liberdade e bem estar pessoal. Sendo, em princípio, contra tudo que limite as liberdades individuais e econômicas.

Considerando que o Estado só existe como instrumento de força para, retirando liberdades, regulamentar a sociedade, a direita é a favor do estado mínimo. Não nega a necessidade de abrir mão de liberdades para manter a sociedade, mas não acredita que a retirada à força de uma grande parcela dessas liberdades e bem estar individual consiga, de fato, promover benefícios na busca do "bem comum". O máximo respeito à liberdade individual traria, no fim das contas, mais vantagens coletivas do que qualquer idéia imposta sobre o que seria bom para todos.

A direita considera que a proposta de sobrepor, de forma ampla, os interesses coletivos aos individuais, além de não funcionar na prática, só piora as coisas. Nunca atinge os fins a que se propõe e só causa mais prejuízo para todos, inclusive para os pobres e desfavorecidos que pretendia ajudar.

A Esquerda

Esta privilegia o coletivo, considera o bem comum, via de regra, mais importante que o individual. Assim, como não poderia deixar de ser, é preciso definir o que seria esse "bem comum". Uma trabalheira danada, coisa impossível de definir já que cada um pensa de um jeito e ninguém sabe tudo.

Quando, de alguma forma, alguém chega a uma definição de bem comum, o único jeito de fazer valer isso é pela força. Claro, se cada um pensa de um jeito, quem é que vai aceitar livremente o que alguns acham ser melhor pra ele? Assim começa o inferno.

Se o monopólio da força pertence ao Estado, a esquerda é sua maior amiga. Precisa do Estado e da força para fazer valer sua visão de bem comum. Assim, a máquina estatal nos governos de esquerda é sempre grande, cara e ineficiente. Isso quando, nessa busca utópica da sociedade perfeita, e tentando regulamentar tudo conforme suas convicções, os governos de esquerda não chegam ao extremo de suprimir quase totalmente as liberdades individuais e econômicas.

Para eles, a proposta da direita conduz a uma desigualdade entre pessoas, o que consideram injusto. Entretanto, a esquerda peca ao defender um conceito de justiça que, muitas vezes, não leva em conta o mérito.

A Confusão Gerada Pelas Definições

Boa parte das discuções sobre direita e esquerda ocorrem porque as pessoas diferenciam liberdades individuais de liberdades econômicas. Até o Political Compass considera os termos direita e esquerda aplicáveis apenas às questões econômicas, traçando outra reta para autoritarismo e liberalismo no que tange às liberdades individuais. Assim, existiriam direita autoritária e direita liberal, esquerda autoritária e esquerda liberal.


Esse plano cartesiano é bem útil na prática, pois, como eu disse, as mesmas pessoas tem posições de direita ou esquerda em situações diversas. A forma mais nítida de identificar essa cisão é quando as pessoas divergem sobre liberdades individuais e liberdades economicas. Justamente o que Political Compass pretende avaliar.

Só que o Political Compass acaba sendo "politicamente-correto" ao fugir da essência das coisas. Se o que interessa é o embate entre individualismo e coletivismo, isso se aplica tanto às liberdades econômicas quanto às liberdades individuais. Em quaisquer dos casos, são sempre os interesses do indivíduo contra os interesses da coletividade.

Assim, caso se queira uma única definição que privilegie de maneira ampla e geral todos os aspectos do embate individualismo x coletivismo, é preciso traçar uma reta simples. Coloque de um lado coletivismo-autoritarismo-esquerda e, de outro lado, o individualismo-liberalismo-direita (se os termos te ofendem de alguma forma, mude-os. Isso não interessa desde que não se perca de vista a essência da coisa. Não importa o termo utilizado, o importante é que seu significado não seja deturpado pela coexistência forçada de idéias contraditórias).

Esquerda --------------------o-------------------- Direita

Somente considerando ao mesmo tempo, questões de liberdade individual e liberdade econômica, seria possível definir uma pessoa através de um único termo: direita ou esquerda. Só que todo mundo quer fazer isso do jeito políticamente correto... Querem usar uma única palavra pra definir alguém como direita ou esquerda, mas sem entrar na questão de que individualismo e liberdade se opõe, intrínsecamente, a coletivismo e autoridade. Dessa forma, acabam obrigando idéias inconciliáveis em sua essência a viverem juntas. Criam "autoritários de direita" e "liberais de esquerda". Melhor seria chamá-los de incoerentes.

É por isso que vemos pessoas que são fortemente contra liberdades individuais se acharem de direita, elas dizem isso só porque acreditam em liberdade econômica. Não vejo como ser coerente com a defesa do indivíduo, separando liberdades entre melhores e piores. Da mesma forma, vemos gente que acredita profundamente em liberdades individuais dizer que é de esquerda! Como?, já que a supremacia do interesse coletivo pressupõe inibir liberdades individuais.

Aí vem meu leitor e diz que, assim, eu demonizo a esquerda e favoreço a direita. Mais ou menos. Eu, na verdade, demonizo os extremos, e digo que o ponto certo não está no "zero" do gráfico (que, pra mim, simboliza forças que se anulam e imobilismo prático), mas, sim, em estar moderadamente à direita da reta. Ou seja, privilegiar seus próprios interesses individuais, colocando-os em primeiro lugar, mas, sem esquecer que a vida em sociedade, só se faz possível quando abrimos mão de parte de nossas vantagens e liberdades. Sacrifício que, aliás, não fazemos gratuitamente, mas para auferir outras vantagens como a segurança e os confortos da civilização.

De qualquer forma o political compass é válido. Isso desde que tenhamos em mente que "autoritários de direita" e "liberais de esquerda" apresentam grandes incoerências. Aplicam dois pesos e duas medidas para algo que, na essência, não comporta avaliações radicalmente opostas. Liberdades individuais e liberdades econômicas não podem ser tão separadas entre si.

Estado e Governo

Os objetivos de todo Estado, estando certos ou errados, são a priori coletivistas. Afinal, ele existe justamente pra isso, não é? Para organizar a sociedade.

Já os governos, nunca são puramente de direita ou esquerda, pois, o radicalismo rumo a um dos lados é insustentável na prática. Uma esquerda radical morreria em nome do bem comum, enquanto, uma direita radical, seria morta pelo mundo num ato de legítima defesa.

Mas, considerando que o Estado que não busca o coletivo deturpa sua razão de ser, vemos que governo de direita só pode ser aquele que, mesmo buscando o bem comum, se contenta ou atinge a sabedoria de interferir o mínimo necessário na individualidade. Seria o equilíbrio entre a função do Estado e o respeito ao indivíduo.

Já, governo de esquerda, é aquele que privilegia uma idéia de bem comum (não interessa qual idéia), em prejuízo da individualidade. Ponto.

Não é errado dizer que, como o Estado, em seus objetivos e estrutura intrínseca, é naturalmente de esquerda, todo governo deveria ser de direita para contrabalancear. Agora, se o governo de direita deturpar os objetivos do Estado, ou se o Estado for governado com idéias puramente de esquerda... Sempre haverá problemas.

Se toda estrutura estatal é naturalmente autoritária de esquerda, os diversos graus de autoritarismo do Estado vão depender de quem ocupa o governo, daí a importância dos governos serem liberais de direita.

Brincando de Apontar o Dedo

Se conseguiu ler esse texto enorme e chato até aqui, você é um herói. Meus parabéns. Seu prêmio agora é brincar de "apontar o dedo". Vamos citar algumas personalidades e governos e dizer se são de direita ou esquerda. Lembrando que o comum é ocorrerem variações nos dois aspectos (liberdades individuais e liberdades econômicas), criando, assim, "autoritários de esquerda", "liberais de direita" e os incoerentes "autoritários de direita" e "liberais de esquerda".

Bush: Se diz de direita, é visto como direita, mas é um grande autoritário. Apoia a supressão de liberdades individuais e tende a impor sua visão de mundo. Acredita em liberdade econômica, mas estourou o déficit público e ampliou a influência do Estado. Vemos que a defesa das liberdades individuais não é exatamente seu forte, portando trata-se de um autoritário. Quanto à defesa das liberdades econômicas, apesar das enormes derrapadas esquerdistas, ainda o coloco como direita. Autoritário de Direita.

Lula: Se diz de esquerda, é tido como esquerda, mas não avançou em políticas sociais. Apóia cotas em universidades, defende os direitos das minorias, etc. Seu único mérito é tentar manter uma responsabilidade fiscal capenga, já que não saneou a estrutura do Estado para permitir corte de gastos. Liberal de Esquerda.

Ditaduras Latino-Americanas: Estado grande na busca de uma visão de bem comum, gastos elevados, intervenções contra a liberdade econômica e supressão das liberdades individuais. Autoritários de Esquerda, sem dúvida.

Estados Nazi-Fascistas: Estado grande na busca de uma visão de bem comum, gastos elevados, intervenções contra a liberdade econômica e supressão das liberdades individuais. Lembrando, ainda, que nazismo significa "nacional-socialismo". Precisa dizer? Autoritários de Esquerda, num nível mais radical do que as ditaduras latino-americanas.

Estados Comunistas: Estado grande na busca de uma visão de bem comum, gastos elevados, intervenções contra a liberdade econômica e supressão das liberdades individuais. Tendo atingido o mais elevado nível de violência contra as liberdades, os comunistas chegaram ao topo do que conhecemos como Autoritarismo de Esquerda, superando os nazi-fascistas.

A diferença entre nazi-fascistas e comunistas é que, os primeiros, não aboliram totalmente a propriedade privada e permitiam mais liberdades individuais do que os comunistas. No Estado nazi-fascista, era possível ser cristão, por exemplo. Quanto às atrocidades cometidas contra a humanidade, ambos prenderam, torturaram e assassinaram pessoas de forma bárbara.

Conclusão

Após toda essa argumentação, fica claro que defendo tanto as liberdades individuais como as econômicas. Assim, a única postura coerente, é me definir como um liberal de direita.

Entretanto, quem me conhece, sabe que detesto assumir rótulos. Não por falta de coragem, mas porque essa grande confusão de conceitos torna qualquer rótulo inútil. Ninguém entende realmente o que você está querendo dizer quando se define como direita, esquerda, liberal ou conservador. Até quem assume um rótulo não consegue entendê-lo totalmente. Inclusive eu.

Enfim, uma canseira discutir política e economia.

Aviso: Utilizei o gráfico do political compass apenas para fins de ilustração. As opiniões aqui expressas não refletem o pensamento deles, nem se relacionam ao teste aplicado por eles.

quinta-feira, dezembro 08, 2005

Para Alex "Pedólatra" Castro


Não dá pra negar que é um belo pezinho. Pessoalmente, não gosto de unhas pintadas em cores fortes, essas "francesinhas" são minhas favoritas. Agora, como diabos ela consegue se lamber desse jeito?! Bem, melhor voltar ao trabalho.

Ah, já que é feio acusar pelas costas, e caso alguém ainda não o conheça, segue o link do pedólatra imoral.

terça-feira, dezembro 06, 2005

Velhos Arquivos

Deixo-me perder na mais absoluta ausência de pensamentos. Nada interessa, nada existe, só você. Apenas seu corpo nu que repousa sobre a cama. Deitada de lado, você dorme, bela e indefesa. Mas, quem seria capaz de te fazer algum mal? Até o mais vil dos homens se renderia diante da tua imagem. Bem próximo te observo. Luz, pureza e virtude te rodeiam. Vejo seus olhos fechados, imersos num sono profundo. Em vão tento imaginar os sonhos que povoam sua alma. Me pergunto se faria parte deles e se meu amor seria correspondido. Melhor não pensar nisso. Nada deve destruir tão sublime momento. Quero apenas te ver, bela e nua, acariciar seus cabelos e velar teu sono.

Dizem que todas as cartas de amor são tolas. Pode ser, pode ser...

domingo, dezembro 04, 2005

Dói, Um Tapinha Não Dói, Só Um Tapinha!

Dia desses, folheando revistas em sala de espera, ví uma entrevista com uma dessas celebridades quase esquecidas do século passado. Atriz, Madam* viveu seus dias de glória nos anos 60 e 70, quando, belíssima, figurava entre as mais desejadas da época.

Ocorre que ficou muito tempo afastada do cinema; ao que consta salvando bichinhos, defendendo os direitos das mulheres ou algo assim (aposto que fazia yoga e alguma dieta também). Entre uma coisa e outra, tentava sobreviver a relacionamentos problemáticos, vencer traumas de infância e superar a lembrança do pai opressor. Típico, não? Apenas recentemente voltou às telas com uma comédia que dizem ser... engraçada.

Pois bem, perguntada sobre religião, ela se declarou "femista cristã".

Ué, perdi algo? A pergunta não era sobre religião? Volto, leio de novo e não, não perdi nada. Feminismo é religião, ou pelo menos uma espécie qualificadora de cristianismo. Na verdade a primeira opção é a mais correta. Nas palavras dela é o cristianismo que vem a tiracolo, ele é que aparece como acessório para qualificar de cristão uma espécie de feminismo.

Fenômeno interessante esse... Que cargas d'água feminismo tem a ver com cristianismo?

Não discuto nem a compatibilidade ou não dos conceitos, tampouco me interessa defender a pureza do cristianismo (já que sou ateu). O que não entendo é como alguém pode criar um corpo de idéias - se é que conseguiu criar um - com base na junção de duas coisas que não tem nenhum ponto relevante de contato entre si. É mais ou menos como se alguém dissesse ser um "palmeirense espírita" ou um "bailarino peemedebista", e tentasse tornar intrínsecas uma e outra coisa, criar uma inter-dependência, uma relação de causalidade que simplesmente não existe. Enfim, é forçar a barra mesmo.

Confesso meu estranhamento. Essa incoerência filosófica (atributo dos tolos) ou desonestidade intelectual (orgulho secreto dos bandidos), me assusta.

***

Mas, ainda naquela sala de espera...

Chega uma loirinha linda, uns vinte, vinte e poucos anos, estilo patricinha querendo virar perua. Sabe aquela fase na qual a garota vira mulher de verdade? Pois é. Roupas de grife, nariz empinado, passos firmes e nojo do mundo. Ríspida e solene, anunciou sua chegada para a secretária e sentou-se numa poltrona qualquer. Esperou menos de um minuto e, impaciente, saiu para tomar ar.

É quando chega um senhor de idade, pra não dizer velho, e inocentemente senta-se onde ela estava. Logo depois a garota volta, fita o homem com olhar de partir ao meio, solta um "humpf" de desprezo e dispara: "Por pouco o senhor não senta no meu colo". O velho, sem entender que diabos havia feito de tão grave, levanta-se atônito. Em vão desculpa-se com as costas da garota que, a essa altura, já batia o saltinho rumo a uma das várias poltronas vazias na sala.

Fatos como esse confirmam empíricamente a imbecilidade daqueles psicológos que são contra as palmadas. Que falta fizeram umas boas palmadas na educação dessa garota! Sem dúvida. Mas, confesso, do alto da minha revolta tive uma ereção do tipo que mal cabia nas calças. Ganhei a tarde. Daquele momento em diante, deixei de lado as entrevistas com celebridades e me dediquei a imaginar o efeito de umas boas palmadas naquele lindo bumbum branquinho.

Ah, e que palmadas bem dadas seriam! Sim, senhor.

*Sem nomes, para evitar processos. Não que este blog mereça um, mas advogado é bicho neurótico e não custa precaver.

quinta-feira, dezembro 01, 2005

Abrindo o Jogo

"Os palestinos, é bom lembrar, fazem parte do mundo árabe. Jamais estudamos na escola conceitos como democracia, liberdade, pluralismo e direitos humanos. Nossa única referência são os regimes autoritários da região. Ou seja, em nossa natureza, somos um povo violento. (...) Aliás, a mania de responsabilizar os outros pelos próprios fracassos é uma característica da sociedade palestina." - Bassem Eid, palestino, militante dos direitos humanos.

Não sei se sou eu que tenho andado pouco, mas é bem raro ouvir um árabe falando assim...