segunda-feira, janeiro 30, 2006

História Apócrifa do Design no Século XX

quinta-feira, janeiro 26, 2006

Paulo Francis era engraçado, não interessa se ele estava errado!

(E eu nem acho que ele ERA tão errado assim.)

Para uma visão mais crítica, mas ainda elogiosa, veja o ótimo post do Rafael Galvão.

Cadê os "Matadores de Velhinhas"?

Em Recife, uma senhora de 76 anos encomendou o assassinato do filho para a noite de Natal. Sem dinheiro, a velhinha pagou o pistoleiro com crédito consignado na aposentadoria. E, boa de pechincha, ainda fez o preço da morte cair de R$ 1 mil para duas parcelas de R$ 400.

sexta-feira, janeiro 20, 2006

Antes que perguntem

Sim, eu estou de péssimo humor hoje.

Salsichas

A Câmara Municipal de Goiânia aprovou lei proibindo os pais de darem palmadas nos filhos. Hoje mesmo, psicólogos e outros "ólogos" vieram a público dizer que a palmada muitas vezes é necessária e educa.

Não vou nem comentar o ridículo de querer "enquadrar" papai e mamãe por dar um tapinha de nada. Sim, porque pra violência de verdade, já existe lei faz tempo. Tampouco vou questionar como pretendem fiscalizar isso.

Só quero saber uma coisa: O bom senso voltou a circular no meio acadêmico e ninguém me avisou?

Update:

Por isso odeio jornalistas... Mal acabaram de noticiar que a lei era municipal, descubro que é federal e que ainda está tramitando!

Só pra deixar claro II

Tem muitas pessoas que eu SEI que são retardadas, mas eu não digo.

Só pra deixar claro

Gente que invoca o mito de 68 perde qualquer crédito comigo numa discussão.

quinta-feira, janeiro 19, 2006

Coz I'm So Bad

Ontem eu estava olhando DVDs numa dessas lojas de departamentos, quando escutei uma vozinha arrogante:

"Você viu Smallville por aí ou nem sabe o que é?"

Olho para o lado e vejo um moleque de dezessete anos fantasiado de "clubber" (ou seja lá como chamam aquele estilo ridiculamente colorido). Imediatamente pensei: É... o garoto conseguiu, em uma única frase, pedir um favor e me ofender ao mesmo tempo. Tsc tsc.

Na criminologia esse tipo de gente é tida como 'A' vítima em potencial. Pessoas que, com seu comportamento, praticamente pedem para ser agredidas. Um verdadeiro imã para crimes.

Bom, de fato eu tinha visto três DVDs de Smallville na prateleira, bem do meu lado. Só que, depois dessa, eu não ia deixar o garoto se sair bem. Assim, num mesmo movimento, virei para falar com ele e me coloquei na frente dos DVDs, de forma que ele não pudesse vê-los. Então, calma e educadamente respondi:

Olha, infelizmente aqui não tem, mas eu ví um lá na frente (na entrada da loja) naquela pilha de DVDs em promoção. (hehehe)

A existência de um único DVD, associada à palavra promoção, foi o bastante para ele sair correndo. E nem agradeceu, aquele puto!

Tá, eu sei que era só um garoto imaturo precisando de atenção, et cetera e tal. Mas não serei eu a colocar um marmanjo daqueles no colo, não é mesmo? Além do mais, sou um homem do cerrado, acredito que não existe nada melhor do que uma boa lição para amaciar o couro.

Uma hora depois, quando fui embora, ainda pude vê-lo se acotovelando em meio a uma dúzia de pessoas que vasculhavam a enorme pilha de filmes em promoção.

segunda-feira, janeiro 16, 2006

Minha Melhor Poesia

Ela...

Arqueia o corpo
Empina a bunda
Sente desejo
Quer ser comida

A boceta umedece
Queima
O cuzinho pede
Pulsa

Geme
Chora
Faz doce
Implora

Me come!

(Eu disse que era minha melhor poesia, não que eu era um bom poeta.)

quinta-feira, janeiro 12, 2006

Aprendendo a Nadar

Não lembro quantos anos eu tinha, talvez doze, talvez menos. Só sei que já havia conquistado o direito de sair sozinho de casa. "Mas só para lugares próximos e conhecidos", sempre frisava minha mãe. Sem problema. Por sorte, toda minha vida não ficava a mais que vinte minutos de caminhada mesmo. Assim podia ir sozinho para a escola, para as aulas de inglês, para o curso de datilografia (sim, na época ainda existia datilografia) e também para a natação. Tinha orgulho de toda essa independência, coisa que hoje sei, só foi possível, por morar numa cidade tranqüila.

O caminho para a natação era meu favorito, ficava numa rua cheia de árvores e casas de tijolos aparentes. Essa rua era sempre mais fresca que as outras, isso devido ao grande número de árvores enfileiradas que faziam sombra. Alí o vento soprava de maneira muito gostosa, balançando as árvores, espalhando folhas pelo chão e, melhor de tudo, bagunçando meu cabelo cortado em forma de tigela. Isso me fazia sorrir.

Considero que fui um garoto triste, tive meus motivos e preferia a solidão. Talvez, por isso, sentia tanto prazer em nadar. Afinal, éramos apenas a água e eu. Para completar, escolhia a dedo os dias e horários em que menos gente ia para a piscina. Freqüentemente não tinha ninguém lá, nem mesmo o instrutor que, sabendo como eu nadava bem, costumava me deixar à vontade.

Mas um dia notei que teria companhia. Uma ruivinha mais ou menos da minha idade, enfiada num maiô ridículo de babadinhos e listras coloridas, estava de cara amarrada no canto da parede. Era uma menina bonita, coisa que minha implicância só permitiu observar bem depois. Tinha a pele clara, olhos verdes, umas poucas sardas na bochecha e cabelo ruivo que descia em cachinhos até os ombros. Sua mãe, com certeza, queria fazer dela uma boneca. Por isso a menina estava sempre emburrada, afinal, qualquer "mocinha" de onze, doze anos, detestaria um maiô daqueles e teria raiva de usar cachinhos.

Não conversamos naquele dia, na verdade nem nos olhamos direito. De qualquer forma, era o fim do meu sossego, logo o instrutor chegou para acompanhar a nova aluna e, de quebra, também tive que fazer aula.

***

Achei que meu suplício seria passageiro, tinha esperanças de que ela desistisse, mudasse de horário, sei lá. Mas não, dia após dia ela sempre voltava. Eu chegava alguns minutos antes para ficar mergulhando, ou simplesmente boiando, e ela já estava lá. Conseguia chegar mais cedo que eu e ficava encostada na parede.

Depois de alguns dias ela começou a entrar na água comigo. Não falávamos nada, era cada um no seu canto. Mas, aos poucos, acabamos nos aproximando. Já nos olhávamos de frente, sorríamos de vez em quando e até dizíamos oi. Comecei a gostar dela. Até que não era má companhia: não falava quase nada, não fazia barulho e, principalmente, não tomava meu espaço. Sim, dá pra dizer que comecei a gostar dela, e a prestar mais atenção também.

Passada a fase da desconfiança, e acostumados com a presença um do outro, a aproximação física foi natural e veio junto com as brincadeiras. Ficávamos nos olhando embaixo d'água, mergulhando por entre as pernas um do outro e coisas bobinhas do tipo. Não sei direito como aconteceu, mas nossas brincadeiras se transformaram em delicadas carícias. Mãos dadas sob a água, olhares profundos seguidos de risadas, beijos roubados na bochecha. Brincadeiras que evoluíram de uma sensualidade inocente, para algo igualmente ingênuo, mas profundamente erótico. Descobrimos que tocar um ao outro era gostoso. A curiosidade nos fazia tatear e descobrir as diferenças. Sentir prazer.

Aqueles poucos minutos, absolutamente sós, antes da chegada do instrutor, tornaram-se eternos com seus carinhos proibidos. Eu já não ia mais para a natação, eu saía de casa era para estar com ela. Meus olhos não viam mais as belezas da rua que eu tanto gostava e o vento não me trazia mais alegria. Bela era a lembrança de nossos momentos e só a proximidade do reencontro me fazia sorrir.

Até que um dia ela não apareceu. Amanhã ela vem, pensei. Mas não veio. Nem no dia seguinte, nem a semana toda. Todos os dias eu ia para a piscina cheio de esperanças e ela nunca estava lá. Minha preocupação logo se transformou em desespero, precisava saber o que aconteceu. Tomei coragem, engolí meu orgulho, e perguntei para a atendente da portaria se a menina ruiva estava doente, tinha mudado de horário, ou o quê. "Ah, sim, a Bianca. O pai dela foi transferido, entã..." - não consegui ouvir mais nada. Fiquei surdo, mudo, pálido e imóvel. Meu coração disparado era o único indício de vida em mim.

Nesse dia eu não fui para a piscina, na verdade não voltei a nadar por uns dois anos.

segunda-feira, janeiro 09, 2006

Bicicleta

Lembram da bicicleta ergométrica que comprei no Natal? Pois é, estou pedalando toda noite. Praticar uma atividade física é muito prazeroso. Tudo melhora. Não apenas o condicionamento físico, mas também humor, apetite e sono.

Depois de pedalar, tomo um belo banho, como uma pizza ou dois "x-tudo" para repor as energias e vou dormir feito anjo. Engraçado que, sempre que digo isso, alguém fica horrorizado pelo fato de eu fazer exercícios e depois comer feito peão de obra.

Bem, pra começar eu não faço exercícios para emagrecer. Tenho 1,88 m e estava pesando 86 kg (agora estou com 84,5 kg). Pra mim não estava ruim, apesar da minha melhor forma ser aos 80 kg, não parecia gordo nem nada.

Além do mais, poucas coisas me causam mais repulsa do que dietas. Tenho horror à idéia de não poder comer bem. Leia-se: comer tudo que eu quiser, na quantidade que eu quiser.

A verdade é que sempre pratiquei algum esporte, exceto nos últimos anos. Estava sentindo falta e pretendo voltar aos poucos. Por prazer, mais nada.

sexta-feira, janeiro 06, 2006

Nada Como Ser Otimista!

(Ou como se livrar da imprensa falando a primeira coisa que vier na cabeça.)

Estima-se que 2.214 processos e dossiês tenham sido queimados no incêndio de 27/12/05 que atingiu a sede do INSS e Secretaria da Receita Previdenciária em Brasília. Para enfrentar o problema será constituída uma comissão que terá 60 dias - sessenta dias - para inventariar e reconstituir os 2.214 processos queimados.

Vai por mim, é impossível.

quinta-feira, janeiro 05, 2006

Momento Fotolog


"Amar como ama um black, brother
Falar como fala um black, brother
Andar como anda um black, brother
Usar sempre o cumprimento black, brother

(...)

Essa onda que tu tira, qual é?
Essa marra que tu tem, qual é?
Tira onda com ninguém, qual é?
Qual é neguinho? Qual é?"

Dr. Erasmo, gênio e louco. Físico, administrador e advogado. Além de malandro, mulherengo, poeta e filósofo de boteco. Um homem que respira liberdade e recria o mundo à sua imagem e semelhança.

Mais que um grande amigo, um verdadeiro irmão.

Saudações black!, deste branquelo que te admira muito.

segunda-feira, janeiro 02, 2006

Chocolat au lait et aux éclats d'amandes

Vocês sabiam que existe bom chocolate no Marrocos? A pasta de figos é ótima, mas o chocolate me surpreendeu. Bom mesmo.

(Por que fazer um post dizendo isso? Tá, eu confesso, sou chocólatra.)

domingo, janeiro 01, 2006

Feliz Ano Novo!

Okay, eu sei que meus votos estão atrasados. Desculpem.

Pensei em fazer um balanço do ano que termina e falar sobre as expectativas para o que começa. Mas a verdade é que bateu uma preguiça enorme agora. Então, pra resumir, basta dizer que 2005 foi um ano linear, sem grandes novidades. Quanto à 2006, fiquem tranqüilos, já estou fermentando algumas coisas por aqui.

De qualquer forma, esse negócio de dividir a vida em ciclos anuais é bem artificial mesmo. Apesar do sentimento de renovação que acaba surgindo quando o ano começa, sei que meus processos internos, e principalmente o desenrolar das coisas, não seguem um cronograma tão definido.

No momento estou apenas trabalhando uma sutil insatisfação. A última grande mudança na minha vida ocorreu de 2002 para 2003, quando, em poucos meses, virei tudo de cabeça para baixo. Foi quando larguei o escritório de advocacia que mantinha em sociedade com um ex-amigo. Dessa experiência ficou a lição de que a melhor forma de conhecer alguém é ver como reage ao sucesso e ao fracasso. Na minha história, o sucesso, mais precisamente o dinheiro, foi a deixa para conhecer melhor algumas pessoas.

Bom, depois disso fui "trabalhar para o governo", coisa que já tinha relutado em fazer antes. Passei 2003 e 2004 demarcando meu território e crescendo na minha nova atividade. Consegui grandes vitórias. Mas, para ser sincero, eu apenas fiz o que sei fazer, do jeito que gosto de fazer. O resto foi conseqüência natural. Só fui perceber minhas vitórias quando um colega disse que demorou vinte anos para atingir o que conquistei em pouco mais de um ano. Foi uma das coisas mais gratificantes que já ouvi.

Mas, o fato é que 2005 termina como um ano de muito trabalho e apenas isso. Agora quero mudanças, principalmente em aspectos da minha vida particular.

Que venha 2006!