terça-feira, dezembro 06, 2005

Velhos Arquivos

Deixo-me perder na mais absoluta ausência de pensamentos. Nada interessa, nada existe, só você. Apenas seu corpo nu que repousa sobre a cama. Deitada de lado, você dorme, bela e indefesa. Mas, quem seria capaz de te fazer algum mal? Até o mais vil dos homens se renderia diante da tua imagem. Bem próximo te observo. Luz, pureza e virtude te rodeiam. Vejo seus olhos fechados, imersos num sono profundo. Em vão tento imaginar os sonhos que povoam sua alma. Me pergunto se faria parte deles e se meu amor seria correspondido. Melhor não pensar nisso. Nada deve destruir tão sublime momento. Quero apenas te ver, bela e nua, acariciar seus cabelos e velar teu sono.

Dizem que todas as cartas de amor são tolas. Pode ser, pode ser...